sábado, 24 de janeiro de 2015

Arte Gabriel Pardal



A plebe sempre odeia os solitários. Ela despreza os que andam na direção contrária. Paulo Coelho e Lair Ribeiro são best sellers. Mas os poetas não conseguem nem mesmo publicar seus poemas. E, no entanto, segundo Goethe, juntamente com as crianças e os artistas, são eles, os poetas, aqueles que se encontram em harmonia com o indizível mistério da vida. A plebe sempre condena a alma solidária ao exílio, por não suportar a diferença.

(...) Na solidão os mundos novos são gerados.

As montanhas, as florestas, os mares: cenários da alma. Há neles uma grande solidão. E a solidão é dolorida. Mas há também uma grande beleza, pois é só na solidão que existe a possibilidade de comunhão. Assim, não tenha medo.

       "Foge para dentro da tua solidão. Sê como a árvore que ama com seus longos galhos: silenciosamente, escutando, ela se dependura sobre o mar...."

Rubem Alves in A festa de Maria.

(e quer companhia melhor que a poesia de Rubem Alves para se encontrar o caminho dentro de si mesmo?)


Nenhum comentário:

Postar um comentário